ACHEI UM FAMOSO NO MEU LANCHE

Todo mundo tem um ídolo, pra não dizer vários. A gente sempre tem aquele cantor, banda, comediante, ator ou atriz de que gosta mais do que outros. E a gente sempre os coloca num pedestal diferente das pessoas comuns. Sim, porque até parece que a Madonna não defeca, ou não cutuca o nariz como a gente. Só porque ele é a Madonna.

A gente adora ver entrevistas mais íntimas, filmagens em que nossos astros aparecem em casa, ou versões de videoclipes que mostram o making of. E a gente sempre acaba se surpreendendo quando descobre que eles são como nós, quase normais.

Pois é. E mesmo eu sabendo de tudo isso, foi inevitável não ter certa reação na noite de ontem.

Por volta das 22 horas cheguei com alguns amigos no Marques Hamburguer, no bairro Santana, em São Paulo. Achei uma mesa pra seis pessoas lá no fundo e corri pra reservar. Sentei e o pessoal foi se acomodando. Mal me ajeitei na cadeira e paralizei. O Bola, do programa Pânico estava sentado com uma amiga duas mesas à nossa frente, mais pra esquerda. Tentei avisar todo mundo na surdina mas a minha cara me delatava. Alguém que a gente só via pela televisão e só ouvia na rádio, estava bem ali na nossa frente.

A partir daí, dá pra imaginar que ninguém conseguiu comer o lanche sossegado. Se fosse crime olhar pra ele, todo mundo tava em cana; não dava pra controlar. E ele? Bom, ele estava lá, nem aí pra gente, nem aí pras horas, simplesmente esperando o seu pedido em uma lanchonete comum.

Na nossa mesa, um amigo meu dizia não conseguir mais sentir o gosto do lanche; eu não conseguia comer em paz; e a gente ficava tramando como chegar e pedir pra tirar uma foto. Hilário. Em segundos, todos se comportavam como meninas pré-adolescentes (lembrando que eu era a única dama à mesa).

A história teve fim quando vimos ele pedir a conta. Meu amigo, decidido, levantou e disse: "Tem que ser agora!", e eu fui. Meu namorado chegou brincando, dizendo que "suas crianças" queriam muito tirar uma foto. E ele, agindo como uma pessoa normal, disse: "Opa fio, vâmo tirar sim!". Tirada a foto, agradecemos. Ele também agradeceu, demos umas risadas, abraços e voltamos pra nossa mesa sem conseguir parar de sorrir. A sensação era de estar com 5 anos de idade e ter tirado uma foto com, sei lá, a Eliana.

Todo mundo tem um ídolo, pra não dizer vários.
E eu consegui conhecer mais um.

FÜHER










Estratégias, ganância de poder
Jogadas políticas, manipulação
Assassino, sem nada temer
Homem sem escrúpulos e sem coração

Com seus argumentos científicos e provados
Mobilizou uma nação inteira
Excluiu a raça impura como estava determinado
Exterminando todos à sua maneira










Destruiu cidades, famílias, gerações
Que jamais voltarão a viver e sorrir
Pobres inocentes com um só pensamento em seus corações
O que fizemos para tudo destruir?

Choros, gritos, vidas sem volta
Mortos por tiro, mortos de fome
Quem é esse crápula que tanto nos revolta?
Adolf Hitler era seu nome

(poema vencedor do 1° Sarau Geográfico
"Faces da Guerra" do E.E Jon Teodoresco)

MEU NAMORADO, MEU FILHO

Desde os tempos mais antigos que o homem é considerado o lado mais forte. E a mulher, claro, o mais frágil. Em contos de fadas é sempre ele, o cavaleiro, quem salva a donzela quase sempre em perigo. Porém, alguém já se deu conta de que, em um relacionamento, é o homem quem precisa de cuidados e proteção? Ou que, na maioria dos casos, o namorado precisa ser cuidado como se fosse um filho?

Essa foi a conclusão na qual cheguei após analisar alguns relacionamentos.

Toda menina brinca de casinha quando criança. Toda garota já se imaginou como mãe. E toda mulher quando tem seu primeiro filho percebe que, além dos prazeres impagáveis de ser mãe, existem deveres e trabalhos que são o dobro do que foi imaginado.

Assim acontece em um namoro. Toda menina tem um namoradinho quando criança. Toda garota tem seus ficantes e rolos na adolescência. E toda mulher quando tem seu primeiro relacionamento sério vê que, além do fato de ele ser o amor da sua vida, a toalha molhada em cima da cama pode irritar o dobro do que foi imaginado.

Filhos pequenos têm dificuldade em viver sem a mãe. Homens também.

Leva certo tempo até que uma mãe consiga - através do amigo “piniquinho” - ensinar o filho a urinar dentro do vaso. Homens não só esqueceram o aprendizado infantil, como não conseguem abaixar a tampa nem depois de grandes.

Mães não deixam que crianças usem copos de vidro, pelo perigo de cair no chão e quebrar. Homens não usam nenhum tipo de copo, pois tomar no gargalo parece mais atraente.

Crianças não sabem cozinhar até que a mãe os ensine. Os homens se acostumaram com isso, pois, mesmo ensinados, não sabem fazer Miojo sem queimar a panela (salvam as exceções em que eles vão procurar auxílio acadêmico).

Toda criança quando fica doente fica manhosa. Homens não só ficam manhosos, como não sabem sobreviver a um resfriado sem agonizar.

E por mais que uma mãe tente ensinar, seu filho sempre fará bagunça e não deixará nada organizado, até que crie responsabilidades. Homens também - tirando a parte do ‘até criarem responsabilidades’,. Eles não têm idéia de como fazer para chegar ao cesto de roupa suja e têm dificuldades em entender que os sapatos não vão sozinhos para o armário.

Quem já passou pela experiência de ser ‘mãe’ de um namorado uma vez, já tem suas artimanhas para lidar com esse ser infantil - assim como a mãe que ganha seu segundo filho. E o principal, claro, é a paciência. Pois já que não existe uma cartilha de “Como criar sua criança-grande sem estresse”, o jeito é levar tudo com muitas doses de bom humor.

Desde os tempos mais antigos, que o homem é considerado o lado mais forte. E a mulher, claro, o salva todos os dias.

FELICIDADE

Hoje, indo embora para casa, estava repassando mentalmente tudo o que tinha para fazer. Pensava nos trabalhos da faculdade, no estresse da semana inteira.

Atravessei a rua e não percebi que uma mulher vinha andando em minha direção. Loira, com estatura mediana, aparentava uns 45 anos. Me deparei com ela reclamando da vida para alguém no telefone. Em voz alta. Ela não estava fazendo questão alguma de esconder o quanto estava infeliz.

Pior de tudo (ou não), tive que andar ao seu lado por um trecho da calçada. Mesmo com o volume do mp3 no máximo, tive que ouvir que o carro dela estava quebrado há um mês, que o marido estava desempregado e sua mãe precisava ir morar com ela. Quando surgiu a possibilidade de eu ficar com pena da situação, dei 10 passos e avistei um homem. O sujeito moreno e sorridente estava em uma cadeira de rodas. Passou ao meu lado sorrindo e disse "bom dia", com tanta intensidade, que não teve como não devolver no mesmo sorriso. Ele parecia realmente feliz.

Quais os problemas que eu ou aquela mulher tínhamos mesmo? Não havia maior lição de vida do que aquela que acabara de passar por mim.
Nessa hora comecei a pensar nos "problemas" que eu imaginava ter. Tolice. O dia estava lindo. Sol fraquinho, com um calorzinho suave, como eu gosto. Na faculdade, consegui terminar meus trabalhos do dia dentro prazo, contamos piadas e rimos até perder o fôlego. Fui abraçada, ganhei beijos, re-vi amigos.

Cheguei ao meu prédio e subi no elevador dando risada. Aquele homem mudou meu dia. Me fez pensar que no poder de um simples sorriso. Nas pequenas coisas do dia-a-dia que realmente nos fazem mais feliz.

Carro? Sim, conveniência é bom, mas fazer uma caminhada e aproveitar o dia, ou andar saculejando no bonde com os amigos, vale mais. Se a gente enxergar os problemas como coisas mínimas, tudo fica melhor. O que vale a pena mesmo na vida é aquele telefonema que a gente não espera. Fazer alguma coisa por alguém e receber aquele abraço de agradecimento sem igual. Ter amigos, rir com eles. Sair com tantos outros. Escutar música no último volume, cantar no chuveiro. Ser elogiado, querido.

Achar dinheiro no bolso da calça do qual você nem lembrava mais. Receber um e-mail de resposta ao seu que parecia não vir. Ouvir uma boa piada. Ou até mesmo uma super sem graça que, de tão ruim, você acaba rindo do mesmo jeito. Andar na praia, ver um nascer do sol, mesmo que seja da janela do quarto.

Assistir um filme que te faz refletir, se emocionar. Ouvir um eu te amo de uma pessoa que realmente importa. Estar com pessoas que te fazem bem. Madrugar e virar a noite em claro por diversão. Ir ao cinema, se entregar à noite. Cometer algumas loucuras, dançar como te der na telha, andar descalço e sentir o chão gelado num dia quente.

Nossa estrada na vida é curta. E a nossa felicidade só depende de mimnós mesmos. Os outros vão influenciar com o que quiserem e com o que puderem. Só cabe a nós decidir o que absorver de tudo isso e até que ponto absorver isso.

As coisas ruins eu procuro jogar fora. Dos sentimentos ruins eu tento me livrar. Eu tenho as pessoas certas ao meu lado e a minha felicidade, eu não procuro, eu crio.

Sabe aquele papel de bala q traz lembranças, aquele e-mail que você re-lê mil vezes, aquele torpedo que chega ao seu celular de surpresa e aquela música que te lembra alguém e não sai mp3? Minha felicidade está aí no meio.

GOODBYE, MICHAEL!

Michael Joseph Jackson nasceu no dia 29 de agosto de 1958. Eu, só vim saber de sua existência mais ou menos 30 anos depois, com quatro anos de idade. Meu pai era fã e me passou, tipo hereditário. E nós cantávamos juntos "I'll be there", antes mesmo da cabritinha da Sandy inventar o "Com você". Lembro de ficar analisando os Long Plays e achar o Michael lindo. Afinal, naquela época ele ainda não tinha feito tantas cirurgias plásticas.

Puro talento com uma voz incrível. Um homem que dançou os passos que transformaram o mundo. Um homem que inventou o moonwalk. Um homem do qual os videoclipes deram origem ao que são os videoclipes nos dias de hoje.

E ontem, tive que acessar a página da UOL, do G1, do Terra, do Twitter e de tantos outros sites de informação pra ter certeza de que era verdade: a vida do Rei do Pop tinha chegado ao fim. Em questão de segundos, toda a glória da carreira de Michael e todas as notícias universais da sua morte estampavam os canais da TV.

Lembrar de "They don't care about us" ( gravado aqui no nosso país), dos meus favoritos "Black or White" e "Beat it" e dos clássicos "Billie Jean" e "Thriller" foi, além de nostálgico, triste, pois era ouvir o som de alguém que se foi.

E por falar em Thriller, aí está um recorde que ninguém jamais irá quebrar. Quem irá vender o que Michael vendeu com o álbum Thriller? Um único álbum, com 100 milhões de cópias. O álbum mais vendido do planeta. O cantor mais famoso do planeta. No Brasil. No Japão. Cópia na Índia. Onde quer que fosse, todos o conheciam.

E ontem, todos estavam chocados, incrédulos. Quando ele voltaria aos palcos, ao que sabia fazer de melhor, ele se vai.

Eu, por exemplo, achava que o Michael era..."imorrível", se assim posso exemplificar. Como a Dercy Gonçalves. Pessoas que eu acreditava que iam sempre estar lá. Que envelheceriam, mas, ainda assim, estariam lá. Na verdade, Michael Jackson vai sempre estar. Ele continuará disponível nas lojas e na internet pela eternidade. Suas músicas, consideradas hinos e revoluções musicais que misturavam ritmos, vão continuar sendo ouvidas mundo a fora.

E quanto aos problemas, a solidão que o astro viveu, ou os crimes pelos quais ele foi acusado, isso eu não faço questão de lembrar. Acredito que todo o dinheiro que ele converteu em ajuda aos que necessitavam, toda a denúncia que fez com vários dos seus videoclipes, toda a esperança que deu à milhões de pessoas e toda a inspiração que proporcionou à várias gerações com seu belíssimo trabalho valem mais. E só pra não perder a piada, agora ele se encontra do jeito que sempre quis! Áu!
 

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